quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Diferença: fazer ou não fazer?



Se você acompanha minha coluna desde o início, deve ter percebido que por vezes falei sobre a capacidade que temos de fazer a diferença.
Ser gentil é ser diferente. Amar e dizer que ama é ser diferente. Respeitar é ser diferente. Elogiar, sem “puxa-saquismos”, é ser diferente.

Hoje quero te falar uma coisa bem séria: refletir é ser diferente.

“Como assim, refletir?” você pode estar se perguntando.
Eu repito: refletir é ser diferente. Refletir, pensar sobre, analisar.

Você já refletiu sobre a seriedade do evento cívico no próximo domingo, dia 3? Isso mesmo, eleições!
“Ai, que chato, não quero mais ler!” Se você pensou assim, que pena, você é uma pessoa que não faz diferença.
Estou sendo dura? Sim. Mas é necessário.
Quando eu era adolescente, ouvi falar que “política e religião não se discute”. E eu, sem ter refletido sobre isso, concordava e repetia. Pura preguiça de pensar, confesso. Que vergonha!
Um dia (finalmente!) comecei a perceber que não deveria ser assim. Eu trabalhava em uma faculdade e ouvi uma colega dizer: “ah, eu vou votar no Fulano para governador. Ele deve ser a mesma coisa que os outros, mas ao menos é bonito”. Gente, que choque de realidade para mim! E pior que ela falava sério!
Aí eu comecei a ME analisar: eu queria ser vista dessa forma? Não. Então alguma coisa eu precisava fazer, e com urgência.

Primeiro: transferi meu título. Eu vinha de outra cidade e até então apenas justificava o voto (por anos a fio, confesso). Pára, né! Se eu moro em determinada cidade, é meu DEVER ajudar a escolher o melhor para ela.
Segundo: horário político. Passei a assistir. E passei a prestar atenção, olha que beleza! Eu vi que me ajuda a fazer uma pré-seleção dos candidatos que quero. Sem falar nos debates, são os melhores. Afinal, uma imagem ‘photoshopada’ de alguém em um ‘santinho’ realmente não me diz nada sobre quem essa pessoa é.
Terceiro: propostas. Peguei na minha caixa de correio vários materiais hoje. Alguns separei para dar uma lida e tirar dúvidas. Confesso que ainda estou indecisa em relação ao candidato a um cargo para domingo, mas ainda pesquisarei na internet sobre ele.
Quarto: aparência. Acho que nada dói mais aos meus ouvidos do que alguém dizer que vai votar em Fulano e não em Beltrano porque, apesar do Beltrano ser melhor, o Fulano é mais “apresentável” para representar o país. Gente! O que é isso???? Ah tá né, então vota na Mulher-Fruta-da-Vez, se a questão é quem é o mais bonito (é só um exemplo, já que as mulheres-fruta em geral não são exatamente sinônimos de beleza hehe)!
Quinto: descobri que é bíblico que devemos ter consciência na hora de votar. Opa, agora a coisa ficou mais séria ainda para mim. Eu não posso simplesmente colocar alguém mau caráter na direção do meu País, meu Estado ou minha cidade. A Bíblia fala que, “quando os maus estão no poder, o crime aumenta” (Provérbios 29:16a) e também que “quando os honestos governam, o povo se alegra; mas, quando os maus dominam, o povo geme” (Provérbios 29:2).

Eu sei que você não pode garantir que, a pessoa que vai governar seja um “poço de virtudes e de caráter”. Mas você pode e deve escolher bem, com cuidado, refletindo, analisando, pensando no que é melhor para nosso país.
Não estou dizendo, de forma alguma, que você deve se transformar em uma pessoa chata, que só fala de política, nem que você deve se filiar a algum partido político.
Você é livre, então: não jogue seu voto fora, não vote em branco. Não fique pensando que seu voto, um único voto, não faz diferença. Não escolha seu candidato só porque ele aparece na frente nas pesquisas e “vai ganhar do mesmo jeito”. Não vote só porque alguém te indicou, vote porque você escolheu.

Seja, mais uma vez, uma pessoa diferente. Uma pessoa que tem orgulho de não brigar por política, mas procurar entendê-la para fazer uma escolha consciente.

É clichê, mas inteligência faz a diferença.

Um grande beijo!
Amélia Passion.

3 comentários:

  1. Parabéns pelo texto!
    Muito próprio e maduro. Posições assim podem ajudar a melhorar nossa vida, em todos os sentidos.

    Att,
    Vânia Cassol

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  2. Amélia, é realmente difícil passar pra alguém a mensagem do quão importante é o interesse e atividade na política. Eu acredito muito nessa política por fora de partidos, onde pessoas comuns acabam se tornando refêrencia pela junção dos nossos comportamentos do dia-a-dia, que não deixa de ser política, né.

    Parabéns pelo seu texto e tentativa :)

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  3. Olá flor, vim conhecer o blog e estou te seguindo, passa no meu depois, espero que goste tbm

    Sucesso e bjucas

    xanguiso.blogspot.com

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Amélias comentaram!